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terça-feira, 5 de abril de 2011

Por uma vida melhor às crianças



JOSIANE CARVALHO
Uma vida inteira dedicada às obras sociais e aos cuidados especialmente com crianças e adolescentes. Assim pode ser vista a trajetória do padre Attílio Berta, que acaba de comemorar 80 anos, dos quais 53 dedicados à vida sacerdotal.
No Brasil desde o início da década de 70, Berta saiu da cidade de Cremona, na Itália, com o objetivo de executar uma missão pastoral e, para isso, teria de passar alguns meses na pequena Tocantinópolis (TO). Desde então, sua estadia em solo brasileiro se estendeu por anos e hoje, ele costuma dizer que vive por aqui há 40 anos e alguns dias enquanto na Itália, ficou apenas 40 anos.
O padre italiano iniciou a vida missionária ainda em Cremona ,quando sonhava em atuar em terras africanas, pensando em ajudar ao próximo e melhorar a vida dos mais pobres. "Nunca imaginei que sairia da Itália para vir ao Brasil, quando me ordenei padre tinha a intenção de ir para a África porque historicamente aquele país é muito sofrido".
Hoje, Berta comanda as paróquias Nossa Senhora da Glória, no Botujuru, Nossa Senhora do Carmo, em Sabaúna, e o Santuário Maria Mãe do Divino Amor, no São João. Além disso, está à frente de três creches e três centros de projetos educativos, que atendem cerca de 600 crianças e adolescentes (leia mais nesta página).
Aos 80 anos, em pleno exercício de suas atividades pastorais, ele se mostra satisfeito. "Os meus ideais já foram conquistados, estou muito satisfeito com o trabalho exercido e dedicado para melhorar a qualidade de vida de crianças e adolescentes".
Padre Attílio chegou em Mogi das Cruzes em 1979 e assumiu o comando de três paróquias, destas, duas continuam sob seus cuidados. "Naquela época não havia muitos padres disponíveis na Diocese, por isso cheguei e logo assumi as paróquias de César de Souza, Botujuru e Sabaúna. Ali era tudo muito corrido, tinha de me dividir entre as três comunidades e ainda encontrava tempo para dar aulas no seminário".
Os 14 anos em que atuou na Catedral de Santana são considerados os mais difíceis da carreira religiosa. Ele admite que enfrentou estresse e pressão política por conta do trabalho voltado para meninos de rua, que viviam no entorno da igreja. "Os anos vividos na Catedral foram bastante positivos e estressantes. Embora tenha conhecido muita gente, foi um período em que estava muito sozinho com muitas tarefas acumuladas e questões políticas para serem tratadas. O trabalho com os meninos de rua também me trouxe problemas. As pessoas achavam não ser o meu papel recolher os meninos e quanto mais eu fizesse aquilo, mais garotos viriam para o entorno da igreja. Neste período também comecei a construção do Santuário Maria Mãe do Divino Amor".
Graças à vocação sacerdotal e missionária, o nome do religioso é uma das principais referências municipais no auxílio de milhares de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social a terem uma vida mais digna sem buscar o caminho da marginalidade ou das drogas.

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